Contra a Criminalização dos Educadores.
Que a Educação Tucana e Haddadiana são similares e lindadas, todos nós sabemos, todavia, ao analisarmos os dados publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(IPEA) , é alarmante tal constatação.
Enquanto a Bolívia e inúmeros outros países já se livraram do Analfabetismo, o Brasil se estertora com as marcantes cifras que depõe contra todas as política educacionais implementadas desde a invasão do Brasil por volta de 1500 até nossos dias atuais.
Em que pese a redução no índice de analfabetismo em 2008,o percentual revelado está em torno de 10%. Contudo,ainda existe no Brasil cerca de 14 milhões de pessoas analfabetas .
Uma das formas encontrada para diminuir o índice de analfabetismo está relacionada com as mortes dos mais velhos que via de regra era analfabeto.
Quando falamos de 14 milhões de analfabetos , estamos falando de uma população de aproximadamente 15 cidades (com a população de Sbcampo).
Portanto, isso é uma tragédia social, um retrocesso no processo de crescimento econômico de qualquer país, é um crime de lesa pátria para com a população desassistida e colocada a margem da sociedade.
O jornal Brasil de Fato publicou na edição de (29/10 a 04/109) importante reportagem contendo estatísticas e análises sobre os dados do (IPEA), que a luz da realidade educacional , precisa de maiores esclarecimentos e fundamentações teóricas.
Além do correspondente a (15 cidades analfabetas do tamanho da população de SBC), os dados revelam que em se tratando de analfabetos funcionais, o número é ainda mais espantoso, pois segundo dados, existem cerca de 40 milhões de brasileiros nesta condição de segregação Educacional.
Sem entrar no mérito do conteúdo geral do jornal acima mencionado (do qual sou assinante), a linha editorial sempre tem atenuantes em relação ao governo LULA, e alguns comentários na referida reportagem não podemos concordar , particularmente, em relação a afirmação de Sergio Haddad, atribuindo a responsabilidade pela existência do analfabeto funcional quando afirma que “Sobretudo, a escolaridade fundamental deve ser boa para não produzir esse tipo de adulto” .
Fazendo coro com o governo, a” Pedagoga e educadora Ana Paula Valadares que trabalha no Capão Redondo, zona sul da cidade de São Paulo, afirma na reportagem comentada que é “difícil convencer o aluno da importância de estar na sala de aula” por ser uma ”Tarefa difícil, pois há, principalmente nas escolas das periferias, uma mobilização de Diretores e Professores dizendo que o aluno é inútil, incapaz, que ele não deveria estar ali”. Mais uma vez tentam criminalizar os professores pelas mazelas da educação , pela incompetência do PSDB e seus Prosélitos que governam esse país a mais de 500 anos, bem como o PT, que convive com essa realidade e de fato não tem uma política objetiva para erradicar o analfabetismo nesse pais.
O Eixo correto e a solução efetiva desse debate estão fundamentalmente relacionados ao investimento na Educação (15% do PIB) para que se proceda às mudanças necessárias, e não jogar a culpa sobre os ombros dos professores da Escola Publica , que são igualmente vítimas desta política de exclusão social aplicada há anos pelos governantes que se revezam no poder .
“Mesmo com o Fim da Redução das Verbas da Educação Ainda Estaremos longe do mínimo necessário, é o que afirma o Professor Paulo Neves, Diretor de comunicação Estadual da APEOESP. O Congresso Nacional aprovou na terça feira 27 de outubro a Emenda Constitucional 59, com duas medidas muito importantes para a educação. A primeira estende a cobertura do ensino obrigatório e gratuito dos 4 aos 17 anos (atualmente é dos 6 aos 14 anos), a segunda acaba com a DRU (Desvinculação de Receitas da União), mecanismo através do qual o governo federal deixava de investir parte dos 18% em educação determinados pelo artigo 69 da LDB, o que provocou a redução das verbas destinadas ao ensino desde 1994 em 100 bilhões de reais.
A redução das verbas ainda ocorrerá em 2009 e 2010 e será extinta em 2011 e a obrigatoriedade do ensino só será efetivada plenamente em 2016. Herança da política neoliberal e dos efeitos maléficos do chamado “estado mínimo” imposto por FHC e que teve continuação no governo Lula, resultando no quadro terrível apresentado pela educação brasileira, com milhares de escolas sem as mínimas condições de funcionamento, com falta de energia elétrica, merenda escolar, transporte e o arrocho salarial imposto aos professores e demais funcionários da educação.
Mesmo com o fim da DRU estaremos longe de investir o minimamente aceitável em educação 10% do PIB. Só para se ter uma idéia: com essa medida sairemos de um patamar de R$ 1.220,00 para R$ 1.470,00 de investimento anual por aluno. Especialistas apontam como mínimo necessário R$ 1960,00. Mesmo assim, ainda estaremos longe do patamar médio dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que é de cerca R$ 14.640,00. A extinção desse entulho neoliberal é um começo para o aprofundamento da luta para atingirmos no mínimo 10% do PIB como patamar necessário ao desenvolvimento de uma educação de qualidade, essencial para livrar o Brasil do atraso educacional, social, econômico e político.”
Entendemos que sem o efetivo investimento na educação todo discurso é uma balela, pois os países que superaram suas dificuldades e se projetaram no cenário internacional, a base desse desenvolvimento e crescimento foi maciços investimentos e prioridade efetiva na educação.
Ainda segundo os dados da Pesquisa, podemos observar a distribuição do analfabetismo pelas regiões brasileiras e mais uma vez observa-se que as mudanças estão relacionadas ao desenvolvimento das forças produtivas e da concentração das riquezas.
Vejamos, na Região Sul, o índice de analfabetismo é de 5,4%, na região Sudeste , é de 5,8%, na região Centro-Oeste, é de 8,1%, enquanto na região norte o índice é de 10,7% e no nordeste os números estão em 19,4%.
Neste contexto, o analfabetismo carrega a marca da luta de classe , onde os ricos estão e portam-se como gestores de políticas e resultados diferentes das regiões empobrecidas , como a do norte e nordeste. Nesse sentido é fundamental politizarmos esse debate, organizando a luta para que possamos sair do atraso secular que estamos submetidos , que só terá fim com a superação do atual modelo econômico capitalista, rumo à construção de uma nova sociedade , justa igualitária, socialista.
“Verdades da Profissão de Professor Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”.PAULO FREIRE
Educar é preciso!!!
Aldo Santos.
Sindicalista, Coordenador da corrente Política TLS, Presidente da Associação dos professores de Filosofia do Estado de São Paulo, Membro da Executiva Estadual e presidente do Psol em SBC. (06/11/09).
Que a Educação Tucana e Haddadiana são similares e lindadas, todos nós sabemos, todavia, ao analisarmos os dados publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(IPEA) , é alarmante tal constatação.
Enquanto a Bolívia e inúmeros outros países já se livraram do Analfabetismo, o Brasil se estertora com as marcantes cifras que depõe contra todas as política educacionais implementadas desde a invasão do Brasil por volta de 1500 até nossos dias atuais.
Em que pese a redução no índice de analfabetismo em 2008,o percentual revelado está em torno de 10%. Contudo,ainda existe no Brasil cerca de 14 milhões de pessoas analfabetas .
Uma das formas encontrada para diminuir o índice de analfabetismo está relacionada com as mortes dos mais velhos que via de regra era analfabeto.
Quando falamos de 14 milhões de analfabetos , estamos falando de uma população de aproximadamente 15 cidades (com a população de Sbcampo).
Portanto, isso é uma tragédia social, um retrocesso no processo de crescimento econômico de qualquer país, é um crime de lesa pátria para com a população desassistida e colocada a margem da sociedade.
O jornal Brasil de Fato publicou na edição de (29/10 a 04/109) importante reportagem contendo estatísticas e análises sobre os dados do (IPEA), que a luz da realidade educacional , precisa de maiores esclarecimentos e fundamentações teóricas.
Além do correspondente a (15 cidades analfabetas do tamanho da população de SBC), os dados revelam que em se tratando de analfabetos funcionais, o número é ainda mais espantoso, pois segundo dados, existem cerca de 40 milhões de brasileiros nesta condição de segregação Educacional.
Sem entrar no mérito do conteúdo geral do jornal acima mencionado (do qual sou assinante), a linha editorial sempre tem atenuantes em relação ao governo LULA, e alguns comentários na referida reportagem não podemos concordar , particularmente, em relação a afirmação de Sergio Haddad, atribuindo a responsabilidade pela existência do analfabeto funcional quando afirma que “Sobretudo, a escolaridade fundamental deve ser boa para não produzir esse tipo de adulto” .
Fazendo coro com o governo, a” Pedagoga e educadora Ana Paula Valadares que trabalha no Capão Redondo, zona sul da cidade de São Paulo, afirma na reportagem comentada que é “difícil convencer o aluno da importância de estar na sala de aula” por ser uma ”Tarefa difícil, pois há, principalmente nas escolas das periferias, uma mobilização de Diretores e Professores dizendo que o aluno é inútil, incapaz, que ele não deveria estar ali”. Mais uma vez tentam criminalizar os professores pelas mazelas da educação , pela incompetência do PSDB e seus Prosélitos que governam esse país a mais de 500 anos, bem como o PT, que convive com essa realidade e de fato não tem uma política objetiva para erradicar o analfabetismo nesse pais.
O Eixo correto e a solução efetiva desse debate estão fundamentalmente relacionados ao investimento na Educação (15% do PIB) para que se proceda às mudanças necessárias, e não jogar a culpa sobre os ombros dos professores da Escola Publica , que são igualmente vítimas desta política de exclusão social aplicada há anos pelos governantes que se revezam no poder .
“Mesmo com o Fim da Redução das Verbas da Educação Ainda Estaremos longe do mínimo necessário, é o que afirma o Professor Paulo Neves, Diretor de comunicação Estadual da APEOESP. O Congresso Nacional aprovou na terça feira 27 de outubro a Emenda Constitucional 59, com duas medidas muito importantes para a educação. A primeira estende a cobertura do ensino obrigatório e gratuito dos 4 aos 17 anos (atualmente é dos 6 aos 14 anos), a segunda acaba com a DRU (Desvinculação de Receitas da União), mecanismo através do qual o governo federal deixava de investir parte dos 18% em educação determinados pelo artigo 69 da LDB, o que provocou a redução das verbas destinadas ao ensino desde 1994 em 100 bilhões de reais.
A redução das verbas ainda ocorrerá em 2009 e 2010 e será extinta em 2011 e a obrigatoriedade do ensino só será efetivada plenamente em 2016. Herança da política neoliberal e dos efeitos maléficos do chamado “estado mínimo” imposto por FHC e que teve continuação no governo Lula, resultando no quadro terrível apresentado pela educação brasileira, com milhares de escolas sem as mínimas condições de funcionamento, com falta de energia elétrica, merenda escolar, transporte e o arrocho salarial imposto aos professores e demais funcionários da educação.
Mesmo com o fim da DRU estaremos longe de investir o minimamente aceitável em educação 10% do PIB. Só para se ter uma idéia: com essa medida sairemos de um patamar de R$ 1.220,00 para R$ 1.470,00 de investimento anual por aluno. Especialistas apontam como mínimo necessário R$ 1960,00. Mesmo assim, ainda estaremos longe do patamar médio dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que é de cerca R$ 14.640,00. A extinção desse entulho neoliberal é um começo para o aprofundamento da luta para atingirmos no mínimo 10% do PIB como patamar necessário ao desenvolvimento de uma educação de qualidade, essencial para livrar o Brasil do atraso educacional, social, econômico e político.”
Entendemos que sem o efetivo investimento na educação todo discurso é uma balela, pois os países que superaram suas dificuldades e se projetaram no cenário internacional, a base desse desenvolvimento e crescimento foi maciços investimentos e prioridade efetiva na educação.
Ainda segundo os dados da Pesquisa, podemos observar a distribuição do analfabetismo pelas regiões brasileiras e mais uma vez observa-se que as mudanças estão relacionadas ao desenvolvimento das forças produtivas e da concentração das riquezas.
Vejamos, na Região Sul, o índice de analfabetismo é de 5,4%, na região Sudeste , é de 5,8%, na região Centro-Oeste, é de 8,1%, enquanto na região norte o índice é de 10,7% e no nordeste os números estão em 19,4%.
Neste contexto, o analfabetismo carrega a marca da luta de classe , onde os ricos estão e portam-se como gestores de políticas e resultados diferentes das regiões empobrecidas , como a do norte e nordeste. Nesse sentido é fundamental politizarmos esse debate, organizando a luta para que possamos sair do atraso secular que estamos submetidos , que só terá fim com a superação do atual modelo econômico capitalista, rumo à construção de uma nova sociedade , justa igualitária, socialista.
“Verdades da Profissão de Professor Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”.PAULO FREIRE
Educar é preciso!!!
Aldo Santos.
Sindicalista, Coordenador da corrente Política TLS, Presidente da Associação dos professores de Filosofia do Estado de São Paulo, Membro da Executiva Estadual e presidente do Psol em SBC. (06/11/09).
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