domingo, 21 de agosto de 2011

Na guerra temos que usar todas as estratégias para vencer as batalhas...

Olá Prof Aldo
Creio que o gabinente da presidência do sindicato respondeu a mim mas não a todos que enviei a mensagem. Com a respostas deles, evasiva como sempre, culpando a desunião dos professores, eu repliquei a mensagem da presidência nos seguintes moldes:
Bom dia!
Hoje (18/08), antes do início das aulas do período da manhã, na sala dos professores, eu levantei a questão das inscrições para atribuição sem saber como ficarão as escolas que oferecem ensino médio regular. Uma professora disse, agora não dá para fazer nada, pois não sabemos o que vai acontecer, nós temos que esperar para saber. Imediatamente eu disse: Esse é o problema conosco, não se deve esperar para ver o que vai acontecer, temos que antever os acontecimentos, ler o momento para se posicionar em relação "ao que poderá acontecer", pois os governantes paulistas do PSDB são muito previsíveis. Já com 17 anos governando São Paulo, se os líderes sindicais não conseguem antever as ações deles, então deveriam tentar administrar outra instituição.
É isso que estou propondo a esse sindicato, não se pode querer uma ação conjunto depois que a lei é aprovada. Aliás, só tem sentido uma mobilização quando esta tem início antes do fato ocorrido para que se não pode ser impedido, possa, pela ação concreta chegar aos resultados pretendidos. A aprovação das leis que dividiram os ACTs deveria ter servido de lição para que não mais se repetisse o fiasco da greve do ano passado. Agora é o momento de dialogar com a categoria, chamá-los a razão para forçar a SEE expor todas as mudanças antes que estas ocorram, pois assim podemos propor contramedidas, ou mesmo acordos para facilitar sua aplicação. Só o fato de a SEE mostrar em partes, através de resoluções, já nos intranquiliza por esperarmos o pior. Esse é o jogo do PSDB, sempre agiram assim, na calada da noite. Está na hora de mostrarmos que aprendemos o modus operandi deles.
Que tal propor um movimento para que todos só façam inscrição depois de todas as resoluções pertinentes vierem a público? Temos que saber o que vamos enfrentar antes de entrar numa demanda, do contrário, continuaremos fracos por estarmos fragmentados.
Vejo a função do sindicato, dentro da história sindical, como instituição aglutinadora e só tem força pela hegemonia. Enquanto não se fizer um trabalho com esse objetivo, o de juntar a categoria através de ações integradoras, as palavras continuam vazias. Não percebo essa ação, essa intenção por parte do sindicato. Entendo as dificuldades, compreendo, até certo ponto, suas razões, mas não aceito a falta de ação concreta para unir a classe. Deste modo, a "mobilização" prevista para o dia 02/09 estará como as outras, superestimadas. Aliás, ela não deve ser encarada como mobilização, mas sim como uma ação que só pode acontecer pela mobilização que não houve até este momento. Por isso vocês estão acumulando tantas derrotas. A falta capacidade estratégica, poder de mobilização para que as ações praticadas surtam o efeito desejado é patente.
Na verdade, existe um conformismo sobre o fato de aceitar a desunião como algo patente entre os professores, falar que é por culpa das pressões que os professores sofrem por parte das gestões escolares é simplório demais, isso é determinismo. No caso de não acreditarmos que é possível vencer essa "invisível" barreira, então o jeito é que essa instituição de classe se estabeleça apenas como um clube de férias.
Vamos aos fatos e as ideias:
Sei que o sindicato tem uma receita muito grande, até para mandar dinheiro para as centrais sindicais. Pois bem, a imprensa não abre espaço para manifestação do sindicato, oras, compre espaço assim como o governo faz para divulgar sua ideologia.
A folha de São Paulo vende espaço publicitário, compre, o Estadão também vende, compre, a Veja vende, compre. Publique matérias para unir a classe, para que haja engajamento na causa. Faça política sindical e não partidária.
Vocês se acomodaram com a ideia de que a categoria e desunida, essa é a argumentação que vocês usam em todos os debates. Oras, supere isso ou continuará sendo um clube social e não um sindicato de fato e não só de direito.
Na guerra temos que usar todas as estratégias para vencer as batalhas, caso contrário continuaremos como massa de manobra.
Obrigado pela resposta.

Abraço prof Aldo, infelizmente essa diretoria, como a anterior, não quer fazer política sindical, mas partidária.
Até
Benedito Inácio Silveira (Lelo)
Prof Filosofia especialista em Bioética

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