Prezados Senhores Diretores, Coordenadores e Colegas da UNIBAN:
Parabéns pelo artigo publicado na Folha. Como professores da Uniban Brasil, também ficamos indignados com a exploração midiática e com a superficialidade com que setores da imprensa falada, escrita e televisada tratam certas questões sérias, como é o caso da educação em nosso país. Em pouco dias conseguiram apontar os "culpados" pela baixa qualidade de ensino no brasil, cabendo sempre grande parte da culpa a nós professores, "mal formados" e "mal pagos"...Tais senhores, "doutorados em educação", se esquecem dos quase 50 anos de políticas mal encaminhadas ou pela falta de políticas públicas sérias na área da educação, dos governos federal, estadual e municipal. No caso do Estado de São Paulo, eu que trabalhei, como designado, na Secretaria da Educação no período de 1989 a 1998, pude perceber os equívocos e erros cometidos por vários secretários de vários governos. Basta citar a tal "aprovação automática", que "premiou" por mais de 10 anos os que não estudavam com o mínimo de seriedade. Qual foi o resultado? Muitos não conseguem ler e compreender um texto de dificuldade média. Muitos não conseguem expressar na linguagem escrita as suas idéias de forma que possam ser comprrendidos. E nós trabalhamos com essa clientela e "tiramos leite de pedra". Será que os jornais, rádios e tvs sabem disso? Mas apensar de tudo e com tudo conseguimos o leite de muitos de nossos alunos que amanhã certamente estarão ajudando o Brasil a ser melhor, mais justo e menos violento.
Não vou continuar aqui com o rosário das besteiras sensacionalistas de certos repórteres e âncoras de rádios, jornais e tvs, que certamente faz muito tempo saíram das salas de aulas ou nunca frequentaram uma, pelo menos na escolas públicas, penso eu. Muitos certamente, filhos das elites econômicas, estudaram nas melhores univerdades públicas, pagos com o dinheiro de nossos impostos. Está certo! Apenas aprendam a serem fiéis à verdade...E a não tripudiar os que não puderam estudar como estudaram.
Quanto ao péssimo espetáculo midiático, ao sensacionalismo barato encima de um fato deslocado e distorcido, fica apenas a pergunta: até que ponto certos setores da mídia colaboram com a construção da democracia e da liberdade em nosso país? Não serão eles os primeiros que pularão no barco da primeira aventura autoritária cuja sombra sempre ronda a história do Brasil? E sempre em nome da mesma liberdade e combate à corrupção, destroem a democracia que, a duras penas, temos conseguido reconstruir em nosso país desde os nos 70, dedicando, como educadores, todos os dias
de nossas vidas pela melhoria da qualidade do ensino e pela socialização do conhecimento a todas as camadas da população, principalmente às mais inferiores na escala social.
Mais uma vez parabenizo o ótimo artigo publicado na Folha e me dispeço,
Atenciosamente,
Prof. Francisco P. Greter
Cursos de Pedagogia (CL/OS) e Filosofia (MR)
Mestre em Filosofia e História da Educação - FEUSP/1997,
Membro do Coletivo de Professores de Filosofia, sociologia e Psicologia, e
da Diretoria da APROFFESP (Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo)
Parabéns pelo artigo publicado na Folha. Como professores da Uniban Brasil, também ficamos indignados com a exploração midiática e com a superficialidade com que setores da imprensa falada, escrita e televisada tratam certas questões sérias, como é o caso da educação em nosso país. Em pouco dias conseguiram apontar os "culpados" pela baixa qualidade de ensino no brasil, cabendo sempre grande parte da culpa a nós professores, "mal formados" e "mal pagos"...Tais senhores, "doutorados em educação", se esquecem dos quase 50 anos de políticas mal encaminhadas ou pela falta de políticas públicas sérias na área da educação, dos governos federal, estadual e municipal. No caso do Estado de São Paulo, eu que trabalhei, como designado, na Secretaria da Educação no período de 1989 a 1998, pude perceber os equívocos e erros cometidos por vários secretários de vários governos. Basta citar a tal "aprovação automática", que "premiou" por mais de 10 anos os que não estudavam com o mínimo de seriedade. Qual foi o resultado? Muitos não conseguem ler e compreender um texto de dificuldade média. Muitos não conseguem expressar na linguagem escrita as suas idéias de forma que possam ser comprrendidos. E nós trabalhamos com essa clientela e "tiramos leite de pedra". Será que os jornais, rádios e tvs sabem disso? Mas apensar de tudo e com tudo conseguimos o leite de muitos de nossos alunos que amanhã certamente estarão ajudando o Brasil a ser melhor, mais justo e menos violento.
Não vou continuar aqui com o rosário das besteiras sensacionalistas de certos repórteres e âncoras de rádios, jornais e tvs, que certamente faz muito tempo saíram das salas de aulas ou nunca frequentaram uma, pelo menos na escolas públicas, penso eu. Muitos certamente, filhos das elites econômicas, estudaram nas melhores univerdades públicas, pagos com o dinheiro de nossos impostos. Está certo! Apenas aprendam a serem fiéis à verdade...E a não tripudiar os que não puderam estudar como estudaram.
Quanto ao péssimo espetáculo midiático, ao sensacionalismo barato encima de um fato deslocado e distorcido, fica apenas a pergunta: até que ponto certos setores da mídia colaboram com a construção da democracia e da liberdade em nosso país? Não serão eles os primeiros que pularão no barco da primeira aventura autoritária cuja sombra sempre ronda a história do Brasil? E sempre em nome da mesma liberdade e combate à corrupção, destroem a democracia que, a duras penas, temos conseguido reconstruir em nosso país desde os nos 70, dedicando, como educadores, todos os dias
de nossas vidas pela melhoria da qualidade do ensino e pela socialização do conhecimento a todas as camadas da população, principalmente às mais inferiores na escala social.
Mais uma vez parabenizo o ótimo artigo publicado na Folha e me dispeço,
Atenciosamente,
Prof. Francisco P. Greter
Cursos de Pedagogia (CL/OS) e Filosofia (MR)
Mestre em Filosofia e História da Educação - FEUSP/1997,
Membro do Coletivo de Professores de Filosofia, sociologia e Psicologia, e
da Diretoria da APROFFESP (Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo)
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