caro francisco, creio ter mesmo chegado a hora de se aprofundar a luta e se é necessário - mesmo que para acordar os que dormem em berço esplêndido, nos louros da vitória! - a criação de uma entidade como essa, não há que desviar do caminho, nem pedir autorizações: a associação é livre, constitucionalmente livre: se vai virar sindicato e ganhar carimbo de cartório, só o futuro dirá. mas esteja preparado para se defender dos tratores que serão postos na rua. o importante é tornar essa associação um interlocutor do governo do estado, dando-lhe seriedade, consistência de propostas e competência no trato de questões educacionais. amaury
Caro Lejeune e demais companheiros:
Como disse, a Associação (APROFFESP) já foi criada e eu faço parte da diretoria eleita democraticamente em setembro. Sou diretor de "políticas pedagógicas"... Há um grande equívoco ou briga dentro da APEOESP por acharem que a criação de uma entidade de filósofos pode enfraquecer a entidade central, o que não é verdade. Sem luta na base não há cenro. Por isso, continuamos fazendo parte do Coletivo de Professores de Sociologia, Filosofia e Psicologia que, aliás, foi tirado da Secretaria Educacional, que hoje está com o Pedro Paulo. Cadê o Coletivo? Pergunto a você, o que a APEOESP ou a Secretaria do Educacional fez até hoje, depois do Encontro Nacional, em prol de nossas disciplinas? NADA. Se nós, filósofos, que não temos nem sindicado, ficarmos esperando encaminhamentos de cúpula, com todas as disputas inevitáveis, daqui há pouco nossas disciplinas serão tiradas das salas de aula e esquecidas, como sempre foram. Quem encaminhará as lutas específicas da FILOSOFIA? É por isso que eu e outros companheiros fundamos a APROFFESP, que não quer dividir, mas somar à luta maior e discutir a questão do CURRÍCULO no ENSINO MÉDIO. A proposta do "novo ensino médio" está na praça. COMO FICARÃO AS DISCIPLINAS? Não sou conservador nem quero defender a escola tradicional, dividida em matérias estanques, mas é uma balela essa defesa de uma "interdisciplinaridade" que acaba com as disciplinas e faz uma abordagem sincrética e miscelânica dos conteúdos. Como diz Acácia Kuenzer, falar de inter ou transdisciplinaridade acabando com as disciplinas e suas especificidades é uma farsa, é uma ideologia. Por trás está uma visão de conhecimento descontextualizada, a-histórica, não dialética, bem a gosta das políticas liberais ou neoliberais. Pois é, precisamos conversar e o coletivo, se é que voltará a funcionar e a organizar outros encontros, é o fórum legítimo para isso. Cadê o nosso encontro estadual? Foi desmarcado! Estou na luta há mais de 20 anos, meu caro Lejeune, e estou cansado de ver a Filosofia prejudicada por causa de brigas e vaidades. Se nossas discplinas agora estão no currículo do Ensino Médio, cabe a nós lutar para que ocupem DE FATO o seu espaço. Não é, por exemplo, com uma aula semanal que conseguiremos isso. O que vamos fazer? Onde está a ação do COLETIVO? Epero que minhas reflexões animem o debate, que muitos não querem fazer. Grande abraço e um 2010 com muita luta, pois a vida continua! CHICO GRETTER, o "filósofo da Lapa".De:
Lejeune Mirhan
Assunto:
Caro Chico: não me lembro de seu posicionamento, mas se soma contrário à criação da associação, estamos juntos. Se a moda pega e criarmos associações de professores por disciplina, enfraqueceremos a entidade central, de caráter sindical.
Abraços e bom ano Prof. Lejeune Mirhan Presidente do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo Sociólogo, Escritor, Arabista e Professor Membro da Academia de Altos Estudos Ibero-Árabe de Lisboa Colunista do Portal Vermelho e da Revista "Sociologia" Celulares: 11-9887-1963 e 19-8196-3145 Residência: 19-3255-6481 Trabalho: 11-3054-1817 Ego sum pauper. Nihil habeo. Cor dabo". ("Eu sou pobre. Nada tenho. Dou meu coração") Esta noite milhões de crianças dormirão nas ruas no mundo. Nenhuma delas é cubana!
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